quarta-feira, 16 de setembro de 2009

SESSÃO DE FOTOS


O caso é que eu precisava trabalhar. Nem pensar em trabalhar com Margot!

Peguei o jornal e procurei uns anúncios. No fim decidi-me por um que não requeria experiência e era para trabalhar em uma agência fotográfica.

Nem me perguntem o que seja, porque até agora não sei definir o que é. Claro, sei o que é, mas tudo ficou um pouco confuso, dado o que aconteceu por lá.

Era um casal de proprietários e fotógrafos. Queriam modelos fotográficos. Olharam para mim dos pés à cabeça. Senti-me um cãozinho a ser examinado para ver se é comprado ou não.

Por fim decidiram que preferiam fazer um teste fotográfico. Se desse certo eles pagariam pelas fotos, do contrário eu poderia ficar com elas – desde que eu pagasse – ou deixá-las por lá para fazerem parte da apresentação da empresa, ou seu portfolio, ou seja lá como chamam essas coisas.

Fiquei feliz da vida, porque afinal estaria fazendo uma coisa diferente do que faço todos os dias! Iria mudar minha rotina! Sim, sexo e sexo e sexo às vezes cansa...

Foi então que eles pediram para despir-me. Numa ordem assim tão desprovida de emoção e desejo que fiquei chocada! Certo... Não estou acostumada a isso. Mas fiz. Na frente deles, sem qualquer inibição. Só depois percebi que tinha um reservado para isso... E só depois percebi que eles haviam trocado olhares intrigados.

Aliás, foram mais do que olhares intrigados. Eles ficaram a olhar-me com curiosidade e quase dava para ver os pensamentos que lhes passavam pela cabeça. Mas, como não sou vidente, fiquei esperando qualquer ordem dos dois.

- Ahn... – começou a mulher – Nós estávamos pensando fazer outro tipo de trabalho, mas acho que você se encaixa perfeitamente em outro tipo. Eu vou dar um óleo para você passar na pele para ficar mais brilhante. No corpo todo. Tem sabor morango...

Fiz como ela havia me mandado. Enquanto os dois me olhavam.

Então ela veio com uma tira longa de couro e pediu os meus pulsos. Amarrou-me e pediu que afastasse ligeiramente as pernas, jogasse o corpo para a frente e olhasse para a câmera.

Foi um flash. Ia ser divertido!

Então ela subiu numa escada e amarrou as pontas das tiras – e a mim – numa argola que tinha no teto.

Outro flash.

A mulher então desceu e prendeu-me os tornozelos numas argolas que tinham no chão e eu nem tinha percebido. De repente vi-me presa!

Nessas horas a gente pensa um monte de besteiras. Afinal de contas, mal conhecia aquela gente!

- Vamos filmar também. – avisou o fotógrafo.

Percebi que ambos estavam com roupas diferentes. Com máscaras e chicotes em mãos. Entretanto... Detesto pensar nisso... Aquilo deixou-me realmente excitada.

Foi quando senti a primeira chicotada. Lembrei-me de Rita.

Certas coisas entram num circulo vicioso que me intriga.

Mas naquele momento eu não queria pensar nisso – só sentir aquilo tudo...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Ménage Gay

Atendi a ligação um tanto nervosa. Paulão me falava com uma voz longe de ser aquela voz grave e bronca a qual eu me apaixonara... O que foi? Não era paixão? Claro que foi paixão, sim! Se gosto de me enganar? Bom, digamos que prefiro dizer para mim mesma que me apaixono por todos com quem transo. Mesmo que sejam paixões efêmeras de vinte minutos, como a desse meu vizinho veado, sei lá, elas fazem com que eu me sinta menos puta e não me arrependa de dar de novo daqui a meia-hora, caso eu queira.

De qualquer forma, lá estava Paulão a me falar como tudo acontecera, como conhecera o veado do meu vizinho. Jurava para mim, ao telefone, que até conhecer Braga (descobri o nome do maldito) ele ainda tinha sua virgindade perpétua. Que foi meio abrupto, que os dois beberam demais e que foi algo parecido com Brokeback Mountain, de momento mágico, de se olharam e se pegaram dentro do carro quando Braga fora deixá-lo à casa. Eu, que sabia que Paulão era – pretérito – muito do bruto, acreditei. Mas pensei cá com meus botões que, provavelmente, Braga fez de caso pensando: primeiro enfiara bebida naquele homenzarrão, para depois lhe enfiar a naba. Só não entendi para quê diabos ele me deu toda aquela explicação. Não sou mulher de cobrar satisfação de ninguém. Só cobro o que posso ter cem por cento. O que não é o caso da satisfação de homens como Paulão, que só uso, digo, usava para satisfazer minhas vontades e necessidades.

Mas enfim, Paulão largou com a digressão em que se metera a murmurar-me e fez o convite a que tanto esperei minha vida toda: participar de um ménage gay. Eu estava ansiosa, aflita e larguei o telefone antes mesmo de ele terminar de falar. Atravessei a rua correndo, subi a escada esbaforida e mal cheguei, pus-me a beijar Braga ofegantemente. Cospia em sua boca e ele retribuía. Paulão se agachou entre nós, me levantou a saia e chupou minha lisa boceta, e me comia o cu com a língua. Que sensação maravilhosa! Eu beijava Braga e Paulão me chupava toda, deixando-me cada vez mais lânguida. Não mais que de repente, parou de me chupar. Parei de beijar o veado do Braga e empurrei sua cabeça para os meus mamilos, com a desculpa de olhar o que já sabia que Paulão fazia: abocanhava o pau de Braga sem dó. Menina, senti-me a escorrer com a cena. Quanto tesão! E te digo que Paulão é muito mulher, pois eu mesma não consegui colocar Braga todo em minha boca.

De Paulão eu enjoara após vê-lo daquele jeito. Então implorei a Braga por uma enrrabada, no cuzinho mesmo. Ele atendeu prontamente puxando uma cadeira para que eu me apoiasse de quatro e colocando sem delicadeza alguma seu mastro em mim. Às vezes penso comigo mesmo que gosto tanto de sexo anal que não sei por que ainda dou a boceta. Esperava a hora da língua de Paulão, agachado entre nós a roçar e percorrer o pau de Braga, minha boceta e meu cuzinho preenchido, mas o gemido do meu vizinho começou a me excitar tanto que até esqueci de Paulão. Braga gemia como nenhum homem gemeu comigo, aquilo era bom para a autoestima, me deixava mais molhada, eu pingava. Não me lembro quanto tempo passei deliciando aquele sexo anal. Sei lá, dez, quinze minutos? Sei que resolvi abrir os olhos para ver onde estava Paulão. Queria chupá-lo. Queria sua porra quente na minha boca, na minha cara, nos meus seios...Quando olhei em volta, entendi porque Braga gemia tanto enquanto me comia. Não era eu, Janette, que lhe dava prazer, mas Paulão e seu imenso caralho. Porra, o veado sentia mais prazer com o agora gay do Paulão do quê comigo! Fui embora na hora batendo a porta, revoltada. Eles que se fodam.