quinta-feira, 28 de maio de 2009

Provei e gostei

Depois daquele afago, comecei a sentir meu corpo em ebulição. Imaginar o que me aguardava me ardia um certo exaspero, aflição, tesão, vontade de gritar, tudo junto. E algo de louco e delicioso era conter tudo isso...

Pois bem. De olhos vendados, ouvi os barulhos dos saltos batendo nos tacos do chão ficarem mais próximos. A sensação de alguém se esgueirando entre as minhas pernas me dava calafrio. Rita me apalpou e suas mãos pareciam delicadas. Em contrapartida, disfarçavam a falta de sutileza – que amo – me empurrando com uma delas para o encosto da cadeira de boudoir e com a outra, separando minhas coxas. Senti seu respirar quente na nuca descer ofegante pelo meu pescoço, queixo, seios até repousar no umbigo. Sua língua era quente, e, de leves tatos, levava seu rosto contra minha barriga. Aquilo me deixou úmida, gostava de imaginar outra mulher me tocando que não fosse Clarisse, e, concomitantemente, me excitava lembrar que ela poderia ter o toque mágico dos lábios de Clarisse me sugando naquele banho inesquecível.

Repentinamente, um safanão me estatelou a face esquerda. Foi o que bastou para Clarisse se esvair dos meus pensamentos. Filha da puta!, foi o que praguejei na hora. Sabe como é levar uma bofetada estando vendada e com tesão? É um susto incomparável! Mas fez minha adrenalina subir, foi estranho, mas gostei daquilo.

Logo em seguida, Rita me agarrou os cabelos e me beijou a boca de forma tão voraz, que senti o sangue em meus lábios. Eu não ouvia a voz de Jerônimo e nenhum outro som de movimento que acusasse que ele estivesse por perto. Ou se estava, não hesitou em deixar sua mulher me surrar. Escutei um barulho similar a algo com tiras ou coisa que valha chapar o chão. Uma, duas, três vezes. E o barulho me deixava cada vez mais libidinosa, encharcada, a ponto de sentir o assento molhado entre minhas pernas. Outro safanão levei, desta vez na face direita. Xinguei, e Rita, que até então não replicava nada do que eu falasse, resolveu romper o auto-silêncio já atrás cadeira, me erguendo pelo cabelos para que eu ficasse de pé. “Se você é acostumada a levar a surra de pau que Jerônimo lhe dá, Janette, aguentar esse chicotinho não há de ser nada demais, não é?!”. Me empurrou de costas contra a parede, me deixando as pernas bem abertas – uma delas ainda estava algemada na maldita mesa. Rita tirou minha venda e disse que fazia aquilo para que pudesse contemplar minhas feições de dor. Disse sem muita crença, demonstrando um certo encantamento a toda chicotada que me arregaçava as costas e os quadris.

Em um canto recluso do quarto, Jerônimo se tocava por cima da calça. E pôs para fora quando Rita parou de me açoitar, colando o corpo dela ao meu. Passeava uma mão em meus seios, em minhas costas enquanto a outra tocava meu clitóris, sem largar o chicote. Eu pingava de tesão, queria muito ser penetrada, queria muito chegar ao clímax. E aconteceu. Rita enfiou o dedo em minha boca retirando-o todo babado e começou a tateá-lo no meu ânus. E enquanto fazia movimentos circulares por ali, pegou o cabo do chicote e enterrou pouco a pouco em minha vagina, me fazendo gemer em masturbação e com minhas pernas trêmulas em câimbras, quase desfalecendo.

Não obstante a vontade inicial de Rita em me arrebentar por ser, não sua amante, mas concorrente (sim, o canalha do Jerônimo valia uma competição), a pervertida começara a se afeiçoar de verdade: “Quero ser chupada com vontade, me ouviu? Quero que faça comigo como faria com o puto do meu marido! Com vontade e paixão!”. Pegando pelos meus cabelos me beijou a boca novamente. Sugava minha língua como se fosse um pênis, me deixando em desatino. Jogou-me ao chão, quase me torcendo o tornozelo algemado. Ela pouco se preocupou com minha dor, pelo contrário; com destreza divina, se pôs em decúbito dorsal por cima do meu corpo enquanto deitada eu estava para que a lambesse, e gritava para eu cravar mais forte as unhas em suas costas. Cheguei a temer pela sua integridade física. Sim, confesso, aquilo me dava tesão. Tanto que cheguei a me sentir culpada por gostar de uma parafilia desse tipo, brutal, doente, irracional, sei lá.

Acontece que Jerônimo não aguentou a cena e veio ao nosso encontro. Botou na boca de Rita enquanto eu a deliciava. E quanto mais ela o chupava, mais ele estapeava sua cara. Cansou de ser chupado e partiu para o sexo anal, o qual eu tinha visão privilegiada, vista por baixo. Rita berrava e pedia para ele dar investidas cada vez mais fortes, enquanto as mãos ásperas em bofetadas de Jerônimo em seus quadris se faziam constantes. Aquilo, de longe, parecia ser minha maior perversão sexual. Meus sentidos estavam tão aguçados do gosto dela em meu paladar, com a cena de Jerônimo todo dentro dela, com os audíveis gemidos e berros de Rita, que meu ápice em orgasmo não tardou a chegar em voz balbuciada, corpo lânguido e jorrando em gozo, enquanto eu me masturbava. Eis que durante meu êxtase, bateram à porta. Era da recepção. Perversão nos quartos podia, mas creio que o barulho que fizemos não agradou muito aos hóspedes.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Uma Experiência Nova

Acordei revigorada, pronta para enfrentar o mundo. O duche da noite anterior tinha-me lavado o corpo e a alma. Decidi ir visitar Jerónimo, contar-lhe as minhas histórias de viagem e agradecer-lhe. Liguei-lhe, e combinámos encontrar-nos. Ele escolheu o local, que eu achei no mínimo bizarro: a zona de restauração do Centro Comercial Vasco da Gama. Mas talvez fosse eu que já não estava habituada aos hábitos de Portugal, porque isto é como tudo, a gente adapta-se depressa ao que nos sabe bem. Apareci na hora combinada e ele lá estava, sentado numa mesa redonda no meio da multidão. Sorri ao longe e acenei. Aproximei-me. Ele não estava sozinho. Ao seu lado estava uma senhora, de meia-idade, bem cuidada. Resumindo, uma tia. Fiquei naturalmente curiosa mas nada perguntei, pois tive a certeza que tudo me seria revelado imediatamente. Não me enganei.
- Olá Janette – disse Jerónimo estendendo-me a mão para um cumprimento cerimonioso - apresento-te a Rita… a minha mulher.
- Olá… muito prazer…- respondi um bocado desajeitada.
Nunca me tinha passado pela cabeça que Jerónimo fosse casado, mas na verdade também nunca me tinha passado pela cabeça que não fosse. Era-me indiferente. Mas o que quereria ele agora, apresentando-me a mulher?
Ele explicou tudo, enquanto ela, ao lado, ouvia em completo silêncio, como se o seu papel ali fosse apenas certificar-se de que ele diria o que ambos tinham combinado. Explicou que me tinha mandado embora para o Brasil porque a mulher tinha suspeitado de que ele a andava a trair. Que foi uma forma que encontrou de me afastar para arranjar uma solução. Que não queria deixar a mulher por nada na vida (a conversa do costume, ok). Que já depois de eu estar longe, ela o obrigou a confessar tudo sob pena de o deixar. Que ele confessou tudo. Que ela me quis conhecer.
- Caramba! – pensei – Para quê?!
Mas aí foi ela que explicou. Explicou que tinha ficado curiosa a meu respeito. Que queria ver com os seus próprios olhos a mulher que levou o marido a traí-la. Que, curiosamente, eu até nem era nada de especial.
- Olhe minha senhora! – levantei a voz ofendida – Não a conheço de lado nenhum! Não vamos partir para a estupidez, está bem?
Ela sorriu e continuou a olhar-me de alto a baixo como que a examinar-me:
- Claro que não, menina! Não se atrapalhe.
Ela olhou para ele, como que a passar a palavra. Ele continuou. Disse que tinha reservado um quarto ali mesmo ao lado no Tivoli e que iríamos para lá os três de seguida, para trocarmos ideias mais à vontade.
- Já percebi – pensei eu – estão a precisar de reacender a chama. Tudo bem! Isto é que vai ser diversão, primeiro como o marido, depois a mulher!
E fomos.
O quarto era num dos últimos andares, com vista para o Tejo. Mas não tive grandes hipóteses de admirar a paisagem. Assim que entrámos, ela tirou da malinha de mão um par de algemas forradas a pêlo sintético cor-de-rosa, que entregou ao marido. Ele pegou nelas e dirigiu-se a mim. Pediu-me que me despisse e começou a desabotoar-me o vestido. Eu colaborei, e em menos dum ai, estava nua. A seguir, deixei que ele me algemasse à perna duma mesa, sentada na cadeira do boudoir, e que me vendasse os olhos. A seguir, Jerónimo aproximou o rosto do meu e segredou-me ao ouvido:
- Janette, querida, desculpa-me. A Rita não abdica duma pequena vingança. Mas isto vai passar num instante e logo logo saímos daqui. Vai doer, mas só um bocadinho.
E passou-me a mão pelo cabelo, paternalista.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pó e água

Tivemos uma longa conversa. Janette contou-me as suas aventuras por terras brasilis. Confesso que delirei, mas fiquei igualmente chocada com o que Alex lhe revelou. Bem sei que o mundo é uma caixinha de surpresas, por vezes cruel e que, onde menos esperamos, encontramos as maiores surpresas. Sim, porque se esperássemos não seriam surpresas, óbvio. No entanto encontrei Janette muito abatida. Tão abatida que quando lhe disse que havia dias que não lia um post dela no GT ela me pediu, “por favor Clarisse, escreve hoje por mim”. Fiquei um bocado sem jeito pois, além das confidências, estivemos também a remexer umas quantas velhas malas que tinham vindo de Angola e que, talvez bem contados, haveria quase trinta anos que ninguém lhes tocava mas do seu conteúdo só Janette tem autoridade para revelar. Depois, exaustas e cheias de pó, seguimos directas para debaixo do chuveiro.

O dia estava tépido. Não mais do que vinte e cinco graus o que convidava a um banho no mínimo à temperatura do corpo. A torneira termostática ajudaria a que não nos preocupássemos com a mistura de água. Concentramo-nos em nós próprias. Abraçamo-nos enquanto a água corria pelos nossos corpos. E beijámo-nos. Beijámo-nos muito. Tinha saudades daquela pele. Depois lentamente fui deslizando pelo seu corpo. Beijei-lhe os seios lânguida e docemente. Janette gemia baixinho. Imaginava-lhe toda a tesão no rosto pois não o podia ver, já que estava num plano mais abaixo e ela tinha também inclinado a cabeça para trás, mas sentia-lhe o sangue correr nas veias e com um ligeiro toque de dedo no clitóris senti-lhe também o seu pulsar. Desci um pouco mais, bolinei-lhe o umbigo, duas, três voltas com a ponta da língua, mas não me detive. Só parei na sua vagina que misturava a água do chuveiro com a doce emanação do seu interior. Chupei-a e lambi-a, como nunca. Para mim era sempre como nunca pois cada vez que fazíamos amor era como se fosse a primeira vez. Janette veio-se na minha boca. Não esperei retribuição. Janette estava demasiado cansada. Abracei-a de novo antes de ajudá-la a espalhar o gel de banho no corpo.

Clarisse, Maio de 2009.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

INESQUECÍVEL

Durante toda as 10 horas de viagem de volta para Portugal fiquei a pensar no que Alex me havia revelado.
Não... Nem por um momento condenei minha mãe. Tanto que, talvez em homenagem a ela, ou talvez em reconhecimento de que sou como ela, não me senti nem um pouco constrangida em experimentar todos os 18 cm de Alex na minha boca até ele me agradecer com seu sabor único e só dele. Ele talvez tenha se sentido um pouco constrangido, o tempo todo falando na possibilidade de eu ser filha dele, mas... besteira. Se não quisesse não tinha deixado – só isso.
Mas chegar em Portugal e pensar que não teria nada tão exótico para experimentar deixou-me inquieta. Não precisava ser nada. Talvez uma conversa jogada fora, mas que me levasse a ter a alegria que sempre tive na minha terra, sem precisar de emoções fortes e novidades como foram essas férias.
Já no apartamento abri as janelas, foi quando vi Clarisse.
Tem certas coisas que são inesquecíveis...
Tem certas pessoas que são mais inesquecíveis. E, talvez, mais inesquecíveis que outras.
Mal cheguei e fui até seu apartamento, porque Clarisse... bem... Clarisse é Clarisse.

domingo, 10 de maio de 2009

A Revelação

- Tenho uma coisa para te dizer – disse ele.
- Sim?... – perguntei ansiosa com o sumo de maracujá esquecido na mão.
- Eu sei que te sentes atraída por mim… que sempre sentiste… já mesmo em Angola.
- Então, tu sabias? – intuitivamente separei ligeiramente as pernas sob a toalha e afundei-me na cadeira na sua direcção.
- Sim, claro que sabia! Via bem como me olhavas. Como odiavas a Noémia, a minha criada. Sabias que eu e ela… enfim… Via bem como te posicionavas ao meu colo sobre os meus joelhos. Assustavas-me.
- E porquê? – arrefeci um pouco e juntei as pernas.
- Porque tudo isso não é normal numa criança de oito anos Janette. Não é normal! Para mim, tu eras um pequeno demónio de saias e lacinhos nas tranças.
Aí sim, juntei as pernas com força e segurei o nó da toalha que antes considerava deixar soltar. Estava ofendida. Alex continuou:
- Mas apesar de tudo gostava de ti. Como ainda gosto.
Retomei o entusiasmo e aproximei-me dele com a boca semi-aberta.
- Com ternura – finalizou ele afastando a cara e fazendo-me uma carícia no cabelo.
Eu já não entendia nada. Aquele homem era louco, era diferente de todos os outros! Permaneci apenas calada, olhando-o. Mas a interrogação estava estampada no meu rosto. E ele continuou:
- Não achas que somos um pouco parecidos Janette?
- Como parecidos?
- Os olhos, o cabelo, o nariz, o tom de pele. Não achas?
- Coincidência, por certo.
- Ou talvez não. – disse ele sorrindo – Porque sabes, Janette, eu conheci a tua mãe.
- Sim, eu sei. Frequentavas a casa!
- Melhor do que isso.
Gelei. Recusei-me a entender o que ele me estava a tentar dizer. Apetecia-me fugir dali, mas estava nua sob uma toalha minúscula. Pensei no meu pai. Na minha mãe tão devota, tão austera, na moralidade rígida que aprendi em criança. Pensei nas vezes em que acreditei que os meus pais nem tinham sexo e eu devia ter nascido de geração espontânea. Já quase a chorar, perguntei-lhe:
- Tu… e a minha mãe?! Quer dizer que… o meu pai não é meu pai? Quer dizer que… tu és o meu pai?!
- Não obrigatoriamente Janette. Não obrigatoriamente.
- Como assim? – agora sim, eu estava confusa.
- Eu sei que mãe é mãe Janette. Mas acho que já és crescida o suficiente para saber. A tua mãe não era o que parecia. Traiu o teu pai com praticamente toda a gente na cidade.
- Cala-te!
Mas Alex continuou, imperturbável.
- Ao domingo, antes da missa, era o padre, aquele velhinho. Lembras-te? Às vezes também o sacristão, aquele miúdo de quinze anos. Os dois em simultâneo para não perder tempo. E porque ele gostava de sentir “ocupada”, como dizia às vezes rindo. Os criados da casa também não escaparam. Nem as criadas. Os amigos do teu pai, onde eu me incluía, conheciam-na todos muito bem. Bastava aparecer quando o teu pai estava fora. Levar uma flor, qualquer coisa.
- Não acredito!
- Sim. Entre as tropas, ela era conhecida por fazer os melhores bicos. Era a única coisa que ela fazia com os soldados, não sei porquê. Ela dizia que gostava de ver a cara de parvos que faziam, como se o inimigo os tivesse apanhado de surpresa.
A essa hora eu já não tinha sequer palavras para o rebater.
- A tua mãe, Janette, era uma devoradora.
- De homens?!
- De tudo o que mexesse. Lembras-te do cãozinho branco que a seguia por todo o lado? Estava treinado para a lamber onde e quando ela queria. Eu tive o privilégio de, além de sexo, ter tido com ela uma relação de amizade. Eu era o único a quem ela confidenciava tudo. Costumava dizer, a brincar, que não podia abusar dos criados, porque um dia quando voltasse para Portugal ia estranhar a falta de instrumentos com mais de 18cm. Tinha um sentido de humor desbragado, a tua mãe. Eu habituei-me.
Nessa altura eu jazia sentada na cadeira de cabeça baixa, sem saber o que pensar. A minha vida toda passava como num filme sem sentido na minha cabeça. Alex pegou-me no queixo e levantou-me para que eu o olhasse nos olhos.
- Janette, ouve. Agora que sabes, acho que não deves condenar a tua mãe. O furor por sexo desenfreado está nos vossos genes. Tu e ela, são iguais.
Depois de ter dito isto, Alex afastou-se para que eu acabasse de me vestir à vontade. Eu fiquei ali, durante um bocado, atordoada. Depois recompus-me. Ainda de toalha fui à sala onde ele me esperava sentado. Senti um arrepio e verifiquei que, estranhamente, ainda o queria como antes.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A vingança serve-se... molhada

Fiquei cansada desta minha viagem. Literalmente cansada mas me deu uma angústia muito grande quando o dia do regresso se aproximou. Alex estaria no cais de Paranaguá me esperando e eu apenas iria a sua casa tomar um banho e trocar de roupa. Depois ele me levaria a Curitiba para que eu pudesse tomar o voo da TAM entre Curitiba e S. Paulo e finalmente Varig de S. Paulo para Lisboa. Tudo isso se iria cumprir.

Dei quase todas as minhas roupas aos moleques. T-shirts e shorts compradas para a ocasião ficaram lá. Ofereci meu biquíni a Paula. Fui cínica pois tinha estado aos beijos com Ivanildo seu namorado poucos minutos antes. Na ilha não houve mais história. Apenas um memory card repleto de lindas e apaixonantes fotos de um lugar todo ele encantador. De Brasília às Encantadas, do Forte a Brasília. Maravilhoso!

Alex nem deu por conta que eu via através do pequeno espalho do polyban que ele me espiava enquanto eu estive no duche. Aí caprichei. Me esfreguei lentamente, passei as mãos no meu corpo, acariciei os mamilos, massajei-me com o chuveiro, toquei o clítoris, lânguida e sensual enquanto paulatinamente nas bermudas de alex uma intumescência ia transparecendo. Parei quando verifiquei que a sua mão descia de encontro ao seu pénis. Era a minha vingança, apenas uma pequena revanche pelo que nega que ele me deu à chegada.

Saí do banho de forma se pudesse ver parte do meu corpo na racha da toalha mal atada em que me envolvi. Queria que Alex, naquele momento, me estivesse a chamar provocadora. Esperei a todo o momento uma palavra de Alex. Saiu e voltou num ápice. Trouxe-me um suco de maracujá e pegou-me, silencioso, na mão quando mo entregou…

domingo, 3 de maio de 2009

BOA GURIA


Foi daquelas minhas noites de insônias. Vez ou outra eu tenho e, quando estou em casa, fico a variar pelos filmes da programação televisiva. Sempre me entedio e acabo por dormir, nem que seja por duas horas.

Na ilha nem isso eu podia fazer.

Portanto, saí pela praia deserta e escura.

O tempo todo fiquei a imaginar que um animal poderia sair do meio daquele matagal e atacar-me, ou um lobo selvagem, ou um tigre, ou um lince faminto, ou até mesmo um canibal – depois me disseram que isso não tinha por ali e fiz papel de boba e desinformada.

Andei muito pela orla do mar, sentindo as pequenas ondas baterem aos meus pés.

Então, um barulho me chamou a atenção e parei.

Nem deu tempo de nada. Nem mesmo de dizer pare.

Uma mão enorme tapou-me a boca e ao mesmo tempo jogou-me na areia macia. Com a outra me despia com rapidez desconcertante.

- Se gritar, morre.

- Não grito, mas vá com carinho. – disse eu, mansamente, considerando que aquilo era melhor que filme.

- Tu não és um traveco, né, guria? – hesitando por um momento.

- Não faço idéia do que seja um traveco, mas guria eu sei que sou.

Ouvi um sorriso malicioso, e uma mão calejada a me passear pelas coxas, subir e abrir as minhas pernas. Uns dedos que sabiam muito bem o que fazer e me fizeram gemer e sentir-me molhada inteira...

Tirou a minha blusa, mordeu-me, chupou os meus seios até eu sentir dor. A dor lhe dava prazer, mas, misteriosamente, a mim também. Eu podia gritar e enterrar meus dedos na areia fofa, sentir aquele peso que me prendia e me tinha.

Lambeu-me inteira, lascivamente, e chupou-me até eu começar a gozar. Então me penetrou, brutalmente, como um animal louco, e me proibia de gritar dando-me tapas a cada tentativa. Na mistura de medo, dor e prazer que eu enterrava os dedos na areia e revolvia tudo à volta, como marca de um estupro consentido.

Quando acabou, levantou-se e tocou-me com o pé.

- Fostes boa, guria. Não vou te matar. – e foi-se embora, sem eu ao menos ver seu rosto ou saber seu nome.

Lavei-me na água do mar e voltei para o chalé.

Lembrei disso agora, enquanto conto das férias, porque depois, dormi como uma pedra e até achei que tinha sonhado. Mas sei que não foi. Não foi...