sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Revelação II

Afinal de contas, o que minha mãe fazia com Paulão? Ela o conhecia? Foi então que em segundos, lembrei de uma frase bem peculiar que Alex me contara: “Traiu o teu pai com praticamente toda a gente na cidade”.

Fiz Paulão e minha mãe entrarem. E enquanto ela começava a fazer rodeios, contando sobre como chegara à cidade et cetera – minha mãe sempre foi muito prolixa – eu a deixei conversando com meu eu físico. Em pensamento, divagava naquela mulher que sempre posou de santa, mas poderia se tratar de uma dama da noite que nunca cobrou pelos serviços prestados. O blá-blá-blá dela continuava comigo respondendo em monossílabos. Estalou algo em minha mente: se o que Alex me contou fosse crível, eu seria filha de um pedacinho de cada homem que passou na vida da minha mãe. Que sensação esquisita. Mas quer saber o mais irônico? Não senti nojo. Sei lá, me acalentava saber que minha personalidade multifacetada vinha de toda essa energia mesclada. Mas a hipocrisia dela, bem, essa era imperdoável.

Pela cumplicidade de ambos (aquela que só se adquire com muito tempo) e pelo jeito que ela e Paulão se olhavam, não duvido ser um pouco filha dele também, o homem que mais recentemente me fodera. Resolvi tirar a limpo a história e a interrompi nem sei em que parte, acho que falava do calor infernal da cidade; indaguei se era verdade tudo o que Alex me revelara.

- Maldito Alex! Bom...minha filha, sua mãe já não tem mais idade para te esconder as coisas. Tenho vergonha, mas é verdade, sim!
- ...
- Janette, por favor, não chore. Não chore, minha filha...
- Não chore? Não chore? É simples dizer isso, não é?
- Mas minha filha...
- Mãe, você sabe quanto tempo passei, me culpando por ser assim? Você criticava até uma simples cena sexual de filme! Quanta demagogia!
- Mas Janette, o que queria que eu fizesse? Estava agindo como mãe, oras! Não queria que te tornasse o que eu era...
- E quando contei que perdi a virgindade?
- Mas você perdeu sua virgindade com doze anos!
- Também, pudera, com a mãe que tenho...a senhora deu até para o padre!
- Janette, olha a boca! Ainda sou sua mãe!
- ...
- Ô, minha filha, vem cá...

Nos abraçamos em prantos. E Paulão, acompanhando a tudo, parecia se sentir meio deslocado. Quando paramos de chorar, minha tristeza havia passado, aliás, uma das únicas vantagens do choro. Voltei a mim e percebi que Paulão ainda estava ali, parado e intocado. Meu desejo por ele tornou a acender. Mamãe percebeu e arranjou uma retirada estratégica, disse que precisava tomar banho. Providenciei uma toalhas e sabonete novo. E assim que ela trancou a porta do banheiro, arranquei fora as calças de Paulão. Entretanto, raio de gilete nova! Minha vagina não podia nem pensar naquele pênis magnífico que ele tinha! Logo, decidi chupá-lo. Sugava a glande com pressão, babava todo o mastro, deixando-o liso, liso e vez ou outra colocava uma das bolas na boca. Ele não entendia por que não podia me lamber e eu dissimulei, disse que apenas eu naquele dia tinha direito àquilo. Nessa toada, Paulão não tardou ter um orgasmo e eu, concomitantemente me masturbando – tocando só o clitóris para não ferir ainda mais a minha bichinha – gozei junto com ele; e bebi cada mililitro do seu esperma. Ele me levantou pelos cabelos e pressenti que iria me foder a força. Se isso acontecesse, aí, sim, seria uma Janette desvaginada. Então, bem sorrateira, falei para ele pôr em outro lugar. Paulão nem titubeou, e com o membro ainda pingando, empurrou no meu ânus.

A essa hora, mamãe já devia ter virado um maracujá de gaveta, tanto tempo estava embaixo do chuveiro. Desligou a ducha enfim, como se desse um sinal para pararmos o que fazíamos. Tudo bem, eu havia gozado novamente e Paulão dava sinais de que não chegaria ao ápice, já que seu pênis começara a perder o vigor. Vestimos-nos antes que ela abrisse a porta do banheiro, mas não deu para disfarçar o cheiro de sexo... Ela nos olhou com um sorriso um tanto maroto e eu retribuí. Mamãe sentou de toalha na cama, calada. Pensei em perguntar de onde ambos se conheciam. Foi quando começou a chorar. Disse em soluços que viera atrás de mim, pois precisava de um favor que só uma filha poderia fazer. Arrepiei quando disse isso, coisa boa não viria. Começou a contextualizar com uma história longa (prolixa, como sempre) até revelar o que queria de mim. Mamãe se metera em uma grande confusão com uma cafetina chamada Margot e alguns traficantes. Devia-lhes uma quantia impagável. E para quitar o que devia, ofereceu meus préstimos para que eu trabalhasse em sua pensão. Ainda estou em desespero, sem saber o que fazer. Ou viro prostituta a deleite dos traficantes e de outros ou matam mamãe.

6 comentários:

  1. Ai Janette que estás metida num belo sarilho. Agora vais para o bordel. Eu estou ansioso para saber o que se vai passar por lá. Depois vem aqui contar pra gente.

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  2. Tá vendo? Bem que ela podia estar morta! Não teria acontecido isso! Ops! Mãe é mãe... Sorry... ;)

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  3. Ohhh coisa ruim que ela arrumou, ela nem gosta disso, HAHHAHHAH

    Que decisão dificil, hein?!

    Bjos ú&e

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  4. Concordo com a Marília aqui acima: pra Janette, não precisavam nem colocar como opção, apenas oferecer o emprego! kkkkkk

    Será que ela nos surpreenderá? Será que Janette não se sentirá mal em um prostíbulo? Será que julgamos mal sua personalidade?

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  5. Já estou a ver, isto agora é que vai ser ligar o turbo, Valha-me deus...

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  6. Eu imagino o teu "desespero"....ó se imagino....
    Dissimulada, tu!!!

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