sábado, 27 de junho de 2009

Post de uma morte anunciada

Conheci o Vítor e a Mirian quase ao mesmo tempo e ambos por acaso. Gostei de alguns posts que li nos blogs que escrevem e acabamos trocando e-mails. Por acaso também acabei sabendo que Vitor e Mirian eram (e são) amigos. Conversa puxa conversa e às tantas já eles estavam conhecendo demais a minha atribulada vida sexual. Convenceram-me então a escrever um blog e, parecendo que foi ontem, desde então tanta coisa já aconteceu na minha vida. Reparo agora que já estou a escrever o meu 41º post e nunca vos falei de certas pessoas de quem gosto muito. Aos poucos, Vitor e Mirian foram trazendo para a nossa roda de amigos outras pessoas. Uma delas a Rosarinho que com o tempo viríamos a constatar que era já uma frequentadora de minha casa em Angola Nunca consegui confirmar se teve algo com Alex mas o à vontade que demonstrou a convencê-lo a contar-me tudo sobre a minha mãe deixa-me com a pulga atrás da orelha. Infelizmente não é um Almodôvar mas daria para eu escrever mais de um livro, principalmente depois que descobri os diários dela. Depois veio Fernando. Fernando é fino. Vive entre o Brasil e Portugal conhece tudo quanto é antro de perdição e (desconfio porque ele nunca me confirmou) que é co-proprietário de alguns dos mais luxuosos prostíbulos da península ibérica. E é por inteira responsabilidade dele que me vi caída na vida. Sempre fiz sexo por amor e, apesar de ter conseguido o trato de que pagaria as dívidas da minha mãe (graças à intervenção de Mirian que é uma excelente negociadora e amicíssima de Fernando. Aliás Margot ficou doida com o acordo e ameaçou mesmo deixar Fernando na mão), como e com quem eu quisesse, excepção feita a ter de ter relações com José sem me poder mijar a rir, acabo por ter de atender alguns sujeitos que me levam quase ao vómito. No entanto são pessoas de dinheiro, clientes do Fernando a quem eu não quero defraudar e portanto, como diz o nosso povo, a ocasião faz o ladrão. No entanto Fernando é boa pessoa, apesar de para ele trabalho ser trabalho e conhaque ser conhaque. E é uma pessoa corajosa. Quando ontem depois de me ter satisfeito com Paulão, com quem acabo quase todas as noites, iamos a abandonar o puti-clube foi Fernando que me deu a chocante notícia que de que minha mãe tinha tido um grave acidente de viação e estava às portas da morte. Será que se ela falecer eu vou ver este contrato rescindido? Reze por mim Mirian e quem sabe a gente um dia se encontre…

PS. Depois de ter escrito o post telefonou-me Clarisse. Diz que vem passar uns dias comigo pois quer partilhar da minha dor. Rosarinho tu achas mesmo que é isso que Clarisse quer?

8 comentários:

  1. :)))))))
    Rezar para que? Para o contrato não ser rescindido?
    Só você, mesmo!! :))

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  2. Janette, Margot sempre esteva à frente dos negócios. Eu apenas, digamos, dou uma mãozinha de vez em quando.

    E sinto em informá-la que não. O contrato não é rescindido aom a morte de sua amada e despudorada mãe.

    Resta saber agora: se Margot lhe livrasse do ofício no prostíbulo por respeito à sua mãe, sairia de lá?

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  3. P.S.: a foto do blogue está estupenda, hein, Janette.

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  4. Gostei que Janette tivesse neste post homenageado os amigos que a desinibiram (seria preciso?) e incentivaram (aqui acredito que sim) a escrever o blog. Quanto a esse Fernando, querida Janette, não sei não. Preste muita atenção que ele é capaz de tirá-la do cabaré mas não sei se será capaz de a entregar num convento.

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  5. Janette, que amiguinhos óptimos tu tens...convencer-te a escrever um blog foi "dar novos mundos ao mundo" para quem te lê....continua querida, continua!!!
    Abraços prós amigos da Janette

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  6. Hummmm... continuo a gostar desta tua escrita.

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