sexta-feira, 3 de julho de 2009

Bater no Fundo

Clarisse estava quase a chegar. Fez-se convidada e eu não tive coragem de lhe dizer que não. Para mim, a Clarisse já não é novidade. Mas enfim, com o pretexto de querer apoiar-me neste momento difícil em que a minha mãe se encontra internada devido a um acidente, tive que aceitar a vinda dela.
Já fomos visitar a minha mãe, triste espectáculo! Semi-inconsciente, deitada numa cama de hospital, ligada como uma múmia, nem assim deixa de atirar piropos ordinários a enfermeiros e médicos. Sempre que pode apalpa-os com a única mão que não está partida: a direita. Depois põe a língua para fora rola-a , fazendo-lhes propostas obscenas com um semblante demoníaco. Acho que só agora percebi que sou uma espécie de Rosemary’s Baby. E peço a todas as divindades e seres do inferno que me levem antes de fazer as cenas que a minha mãe faz dia após dia no hospital. Dizem os médicos que corre perigo de vida. Eu duvido. Acho que nem Deus nem o Diabo vão querer ver-se com ela tão cedo.
Chegámos a casa e eu estava arrasada. Passar por isto custa! É difícil constatar o que somos, esgota-nos a alma!
Estava nestes pensamentos quando o telefone tocou. Era Margot, anunciando que vinha a caminho um cliente especial com gostos especiais. Agora? Mesmo agora? – perguntei – Estou estafada, não dá para ser amanhã? Margot riu como quem me explicava que puta não tem escolha. E de seguida tocou a campainha.
Fui abrir. Era um velho com idade para ser, não meu avô, mas sim avô do meu avô, se tal fosse possível. Perguntei a mim mesma o que faria ele ali. Mas não tive muito tempo para esperar pela resposta. Apoiando-se na bengala e arrastando lentamente a perna, ele entrou e anunciou que já tinha pago a Margot e agora vinha servir-se. Nesse mesmo instante entrou Clarisse que, sem saber do que se passava, ficou com um ponto de interrogação na cara a olhar para mim. Fiz-lhe sinal para que não dissesse nada e ela percebeu.
- Tirem as cuecas – ordenou o velho. Eu obedeci de imediato e Clarisse, após uns segundos, imitou-me. Como ambas estávamos de jeans, ficámos na pouco confortável posição de estar vestida apenas da cintura para cima.
- Agora dêem-mas – ordenou o velho escarro – e ponham-se de joelhos em cima do sofá, de costas para mim.
Foi o que fizemos. O velho aproximou a cadeira do sofá onde estávamos e, sem dizer uma palavra, enterrou a bengala imunda no meu rabo. Eu gritei com a dor do atrito e ele enterrou mais ainda, enquanto dava gargalhadas fininhas de bruxa. A seguir, tirou a bengala dum só golpe e enfiou-a no rabo de Clarisse, que também gritou. Ele ordenou que nos beijássemos com língua e foi alternando a bengala, ora no meu rabo, ora no de Clarisse, enquanto cheirava e lambia as nossas cuecas sujas. Ao mesmo tempo, gemia como um pequeno gremlin nojento.
Talvez meia hora depois deu-se por satisfeito e mandou-nos vestir como se de repente tivesse ficado com nojo de nós. Ajeitou-se e saiu, sempre apoiando-se na bengala de madeira. Clarisse chorava baixinho sentada no sofá, enquanto jurava que nunca mais queria nada comigo nem com as minhas confusões. Eu, estranhamente, apesar de dorida e humilhada, sentia-me excitada e não parava de pensar naquela bengala velha, dura e encardida.
Ao sair, ainda ouvimos o velho dizer qualquer coisa como:
- Margot é aquela amiga! Prometeu uma mas arranjou duas! É aquela amiga!

6 comentários:

  1. Eca! Bengalinha nojenta! Se eu fosse Clarisse sumia de vez!

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  2. Ca nooooojo! Isto está cada vez pior!!!!!!!

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  3. Porra! Enrabadas pela bengala de um velho. Esta Janette saiu muito melhor do que a encomenda. Começo a pensar que ela inventa estas histórias. Alguém acredita que o velho lá tenha ido só para meter a bengala?

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  4. "Margot riu como quem me explicava que puta não tem escolha."

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Gostei disso! Gostei!

    Acredito que o velho não possa mais tomar viagra, sujeito à morte súbita. Por isso usa a bengala. Se chegou a se enojar, acho que sua bengala teve um orgasmo. Vai entender, tem gente que gosta de transar com mulher à força e sente prazer nisso...

    Agora, Janette nunca decepciona! Jamais! E aposto que Clarisse não vai embora. E que Janette é capaz de sacar de uma de suas gavetas algum vibrador... ;)

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  5. Predatado, possivelmente a bengala é a única coisa que ainda funciona. O resto deve estar, como se costuma dizer, a 50%. Dantes, f*dia e mijava, agora só mija.

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  6. Caramba!!!!...esta historinha é "forte", muito "forte" (neste caso será dura)
    Janette, será que a bengala volta????

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