terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Sobe e desce

Miguel aceitou o convite de Clarisse. Despiu a pouca roupa que tinha, na realidade apenas uma t-shirt e as cuecas, tomou um duche rápido, colocou o desodorizante, deu uma baforada com o perfume que tinha mais à mão e gargarejou com um elixir para a boca. Uma camisa simples de meia manga que ficaria por cima de uns jeans creme Marlboro e umas sandálias. O apartamento de Clarisse era ali ao virar da esquina, mais cinco minutos e estaria lá. Era só tocar no botão da campainha.

Duas mãos por detrás cobriram-lhe os olhos, Adivinha, disse com uma voz meiga. Uma estranha coincidência colocara Janette no percurso que, aliás, era mais dela do que dele. Janette, respondeu ele, sem hesitar. Ela retirou as mãos em venda e ele virou-se lentamente. Não foi preciso muito, um beijo mais a excitação que lhe foi crescendo pelo caminho a pensar em Clarisse tinham preparado o terreno.

Entraram no elevador, fizeram-no subir um pouco e entre dois andares pararam-no. Sofregamente ele levantou-lhe a saia curta, embora justa e num puxão tirou-lhe as cuequinhas. Ela desapertou-lhe o cinto e desceu o fecho de correr e baixou-lhe as calças. Sem perder tempo encaixaram-se aqueles dois corpos, numa penetração tão profunda quanto subversiva. Em êxtase não deram pelo movimento do elevador que começava a subir.

Clarisse deparou com aquela cena quando as portas se abriram. Com um ligeiro rubor na face, Miguel de Andrade tentou esboçar um sorriso, enquanto Janette e Clarisse se olhavam olhos nos olhos. Clarisse, sem demonstrar qualquer tremor na voz, convidou-os a entrar no seu apartamento.

2 comentários:

  1. gostei dessa Clarisse ... adoro mulheres que sabem o que fazer quando a situação assim o exige ...

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  2. Bom... Clarisse não tinha muito o que fazer: ou dava um escândalo, ou fazia o que fez. Ponto para ela. :)

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