terça-feira, 21 de julho de 2009

Oriente

Estou super feliz. Era tudo falso alarme e o chocolate e o sorvete não passaram daquelas guloseimas que acabamos por associar a estranhos desejos de gravidez. Anteontem acordei menstruada e acabaram-se-me os temores. Levantei-me um pouco cambaleante fui tomar um valente banho. Aprimorei-me, disfarcei as olheiras que estes dias “difíceis” sempre me provocam, tomei o pequeno-almoço calmamente e saí para fazer compras. Os saldos começaram há pouco e não é que o dinheiro abunde no meu pequeno porta-moedas mas ainda vai dando para algum devaneio. Não fosse o rendimento do meu trabalho com Margot ser quase todo para pagar a dívida da minha mãe (que, coitada, ainda continua internada mais para lá do que para cá) que outro galo cantaria. Nunca pensei em me tornar prostituta mas, os proventos com esta experiência como acompanhante de luxo têm-me dado um pouco a volta à cabeça. No entanto foi esta vida que fez a minha amada Clarisse se afastar da minha e de ter deixado de receber aqueles SMS ternos e insinuantes de Miguel. O Sr. Jerónimo (ah nunca vos disse? A nossa relação tornou-se muito formal, visita-me Chez Margot, é um cliente como qualquer outro, trato-o por senhor e a mulher dele nunca mais nos apareceu. Normalmente temos sexo em hotéis de luxo com direito a champanhe. Continua com os seus devaneios de me regar e lamber o champanhe gelado sobre o meu corpo, de ser louco por sexo anal com alguns laivos sado-masoquistas e fingimos que nunca nos tínhamos conhecido antes), dizia eu o Sr. Jerónimo desapareceu enquanto ex-chefe de escritório, Alex escreveu-me uma carta muito dura que entendi como que um corte de relações e Paulão é assim uma espécie de guarda costas de Margot. Mas ontem, já passada do primeiro impacto do período, telefonei ao Augusto. Surprise! O Augusto vive há dois anos em Tóquio e, pura coincidência, tinha acabado de chegar. Veio de imediato visitar-me e ofereceu-me um luxuoso kimono de seda (provavelmente comprado para outra). Se eu soubesse tocar shamisen e cantar musica tradicional seria a sua gueixa. Rimos muito com estas conversas e Augusto propôs-me antes que eu fosse a sua puta. Rimos de novo. Vesti o kimono, que me assentava lindamente, e deitei-me sobre o seu colo. Enquanto Augusto me acariciava os seios chupei-o como, diz ele, só eu o sei fazer. Veio-se na minha boca e outras lembranças se lhe vieram à memória: Vamos tomar um sorvete? Acabamos rindo à gargalhada.

3 comentários:

  1. Janette, você tem uma sorte! :)) Só alarme falso, Agusto, que mora em Tóquio, está por aí e ainda está com você brincando de Império dos Sentidos. :))

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  2. Vês Janette, o Augusto continua a gostar de sorvete...e tu gostas de sorvete.
    Lá terão que deliciar-se com sorvete, né?

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  3. Muito bom, aproveito e já deixo o convite para visitar nosso site também.
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    www.eliteacompanhantes.com.br
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    www.sptrans.blogspot.com
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