Ficava horas na varanda. Da janela do seu apartamento podia ver uma nesga da piscina e a porta de acesso. Janette, era assim o seu nome, poder-se-ia considerar uma sereia. Não que tivesse cauda de peixe ou que cantasse alguma canção de perdição para a sua condição de ex-marinheiro, não, mas Janette era uma sereia a nadar e isso era o que lhe incendiava o fetiche. Nadaria assim sob os lençóis tão ligeira quanto sob as límpidas águas da piscina? E em cada final de tarde encostava-se ao espaldar, olhava Janette e sonhava húmido. Em auto-ajuda.
E hoje, lendo sobre a cefaléia masculina, cheguei a ficar com peninha do marinheiro... ;)
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