sexta-feira, 13 de março de 2009

Vinte e cinco centímetros

De repente senti um frio correr-me pela espinha. Tinha deixado a janela aberta quando adormeci. Definitivamente o tempo estava a mudar e a ameaça de verão em pelo inverno não passou de um fogo-fátuo. Aconcheguei o lençol a pensar no edredão e adormeci de novo.

Uma bilhete de ida apenas. O regresso logo se veria. Olhei para o relógio e dei uma corrida. A mala de viagem pequena, onde apenas o estritamente indispensável constava, atrapalhava um pouco, mas não iria perder o voo por nada deste mundo. Tinha-me custado os olhos da cara, talvez não só, juntar todo aquele dinheiro mas as Caraíbas estavam ali a meia dúzia de horas de viagem. Nunca paguei para fazer sexo mas estava decidida a isso. Não é em toda a parte do mundo que se encontram homens com dotes daqueles. E esses fazem-se pagar bem.

De bruços, balançando sobre a rede tinha agora tudo aquilo com que sempre sonhei. Vinte e cinco centímetros de chocolate em barra como subversivamente sempre me referi ao coiso. Sorri só de pensar, enquanto humedecia os lábios com a minha própria língua. O jamaicano não parava de me fazer balançar entrando e saindo em estocadas cada vez mais fortes. Os meus orgasmos, sucediam-se em catadupa. No paraíso é assim. Não há limite para o orgasmo. Apenas queria agora sentir o dele e conhecer pela primeira vez o conteúdo de tão sumptuosa mangueira. Seria completamente inundada até que, nova corrente de ar e …

Acordou calmamente, espreguiçou-se, esfregou os olhos e levantou-se. Fechou a janela onde um céu cinzento carregado fazia já estragos inundando ruas. Como uma mangueira sumptuosa deixada inadvertidamente de torneira aberta. Preparou um café jamaicano e ficou a observar a chuva.

2 comentários:

  1. bom, ao menos pagou-se para se ter algo de porte ... rssss

    e aquela ilha realmente treme ...

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  2. Olá...gostei daqui!

    Estou a te linkar e seguir tb!

    Voltarei sempre e com mais calma!

    Bjo!

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