O Sr. Jerónimo vinha-me visitar todos os dias. Trazia-me bolachas de água e sal, as minhas preferidas e preparava-me um chá verde só para que eu não fizesse esforços sobre o pé. Depois sentava-se na minha cabeceira enquanto eu comia, acariciava-me o cabelo de dava-me um beijo suave antes de devolver a chávena à cozinha.
A nossa cumplicidade era já demasiado forte para que tivéssemos preconceitos de qualquer espécie um com o outro. Assim não era de admirar que depois do chá eu lhe começasse a tirar a camisa e a despir as calças enquanto ele me levantava sobre os ombros e retirava pelo pescoço a camisa de dormir com que passava os meus dias sobre a cama a ler e a contar minutos.
Mas o Sr. Jerónimo queria tudo menos que eu sofresse e para evitar que eu desse voltas e mais voltas ou que fizesse grandes pressões sobre os hematomas que a queda me causou solicitava-me que me ajoelhasse.
foto do topo daqui com a devida vénia e publicidade
"AQUILO QUE AMOR DIZ" de Regina Guimarães
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São longas frases
em língua de escuta
onde o vento da boca
nunca se aventura.
Dão guarida ao que escapou
às leis da criação sempre segunda:
o sexo implíci...
Há 5 anos
Ajoelhando convém para evitar qualquer tipo de quedas mais gravosas :)))))))
ResponderEliminarAí ela está um docinho, não? Vai até aprender a rezar! :))
ResponderEliminarO sr Jerónimo era um santo! :)))
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